22 de novembro de 2014
Ten PM Manoel Bruno Linhares
Abrindo os horizontes da cultura, escrevo algo sobre Aceldama (em hebraico, campo de sangue). Judas, arrependido da traição feita a Jesus, jogou as trinta moedas no átrio do templo. Os príncipes dos sacerdotes acharam-nas e guardaram-nas na caixa de esmolas. Com este dinheiro, compraram um campo de um oleiro, que serviu de cemitério aos estrangeiros e, também, no tempo das Cruzadas, os soldados mortos tiveram-no como sua última morada. Aceldama (em grego, Akeldamack), quer dizer “campo do sono”.
Também no grego, Koimeterion é cemitério. Campo de sangue ficou sendo o terreno comprado pelo preço do sangue de Jesus.
O Templo de Salomão foi construído durante sete anos, tendo vultosa dimensão. Era a casa de oração e adoração de Jeová, o Senhor Deus de Israel. Milhares de homens trabalharam na construção do Templo, sob as ordens de 550 inspetores e 3.300 sub-inspetores, cujas despesas atingiram um nível muito alto.
Cumprindo o desejo do pai Davi, Salomão fez o Templo com excepcional beleza. Porém, dentro daquele encantador paramento reinavam o orgulho, a hipocrisia e a dura discriminação, além da prática impiedosa dos holocaustos. Havia uma placa fronteira ao vestíbulo do Templo com inscrições proibindo a entrada de gentios (pagãos), sob pena de morte.
Mas, segundo predições de Jesus, todo aquele aparato caiu por terra (Mateus, 24.2). Cerca de 1000 anos depois de Salomão, surgiu ali o humilde e sapientíssimo Jesus, trazendo ao povo o sacerdócio angelical. Certo dia, quando Jesus pregava em Capernaum, apareceu-lhe um centurião gentio (pagão), rogando-lhe que curasse seu servo que estava muito doente e paralítico.
– Logo irei lá para dar saúde ao seu servo – disse Jesus.
Mas o centurião respondeu:
– Senhor, minha casa não é digna da sua presença; basta dizer-me uma palavra e meu servo será curado.
Jesus disse-lhe:
– Ele já está curado.
Logo o centurião encontrou seu servo com saúde.
Depois, Jesus disse aos discípulos:
– Nem mesmo em Israel vi homem de tanta fé – (Mateus, 8.5).
Pensem bem: o centurião não era religioso, assim não era tido, perante os religiosos de então, como pessoa de Deus. Mas recebeu de Jesus um milagre.