12 de março de 2015
O Cel PM Marlon Jorge Teza, da Polícia Militar de Santa Catarina e presidente da FENEME – Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais, esteve na AOMESP na tarde de ontem (12) para participar da Reunião das Quintas-Feiras, nosso “Fórum de Debates e Reivindicações”. Antes do encontro com os associados, foi recebido pelo presidente da Diretoria Executiva, Cel PM Jorge Gonçalves. Participaram da recepção o Ten Cel PM Moacyr Pereira da Costa e o Cel PM Ricardo Jacob, respectivamente presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo, além do Maj PM Dércio Chiconello, diretor Social e Marketing.
No Solar da Tabatinguera, local do encontro com os associados, o Cel Marlon falou sobre a entidade que dirige, sobre a Polícia Militar de Santa Catarina, sobre o cenário político brasileiro e sobre a necessidade de união entre os policiais militares do Brasil para fazer frente aos perigos que rondam a classe nos conturbados anos que se avizinham. De acordo com o presidente da FENEME, há muitos boatos no país sobre mudanças no regime de pensões e previdência dos policiais militares, além de outros obstáculos que o governo volta e meia quer colocar em pauta. Ele insistiu na tese da união de policiais militares, ativos e inativos, e também pensionistas, para unificar o discurso e mostrar força.
É exatamente esta a luta da FENEME, uma entidade criada em dezembro de 2006 e que hoje congrega mais de 34 associações de oficiais militares estaduais, com cerca de 33.000 oficiais associados. O objetivo da entidade é exercer a representação de seus entes federados – fazer a defesa dos militares e das instituições junto aos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Um dos principais desafios para o futuro é estabelecer um escritório de representação em Brasília, no palco dos acontecimentos políticos, para melhor exercer seu papel. A FENEME já lançou campanha específica para isso.
Santa Catarina – Comparativamente ao que ocorre no Estado de São Paulo, a Polícia Militar de Santa Catarina está no céu, e é um exemplo de caso bem-sucedido no Brasil. Lá, o candidato à escola de soldados deve portar diploma de curso superior; quem quer frequentar a escola de oficiais é obrigado a exibir diploma de bacharel em Direito. O que isso significa? A qualificação profissional leva à melhoria salarial, que é a base para a garantia de melhor qualidade de vida.
O Cel Marlon citou alguns exemplos de seu estado. Em Santa Catarina, o salário de um coronel está equiparado ao teto de um desembargador; um aluno soldado ganha cerca de 4.500 reais para estudar; um soldado de primeira classe, 6.000 reais; um cadete, na escola, recebe 7.000 reais por mês; e o salário de um tenente está na casa dos 14.900 reais. Os pisos salariais valem para o pessoal da ativa, para os inativos e para as pensionistas. Não há um policial militar sem diploma de curso superior. “Sem este ponto de partida não há reconhecimento nem melhores salários”, explicou.
Finalizada a explanação, o presidente da FENEME respondeu às perguntas de vários associados, demonstrando profundo conhecimento dos problemas, das reivindicações e soluções possíveis para as causas dos policiais militares. Por várias vezes insistiu na tese da união. “A união de uma classe assusta as autoridades”, garantiu. E mais que nunca é preciso mostrar força. O Congresso Nacional está parado, submergindo em pedidos de CPI de toda natureza, boatos de queda da presidente da República, denúncias de corrupção e composições de todos os matizes. Nesse cenário de confusão, não falta quem queira aprovar leis que prejudiquem os policiais militares.
Agradecimento – O presidente do Conselho Deliberativo da AOMESP, Ten Cel Moacyr, disse que nunca é demais lembrar do velho ditado “a união faz a força”. Pediu aos associados presentes que de agora em diante estejam unidos e solidários, adotando o lema da construção. A meta é construir uma sede em Brasília, e é com este objetivo que todos devem trabalhar. “Tenho certeza de que todas as polícias do Brasil, e a nossa em particular, vão colaborar para conquistar esta vitória”, disse.
O Cel Ricardo agradeceu ao visitante pelo seu esforço para participar da reunião dos associados da AOMESP, apesar da agenda exaustiva. Antes de nossa Associação, o Cel Marlon visitou o Clube dos Oficiais da Polícia Militar e o Quartel do Comando Geral. “O senhor deu-nos a honra de sua presença; saiba que sua visita não será em vão. Vamos trabalhar para conquistar nossa sede em Brasília”, disse o Cel Ricardo.
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