19 de maio de 2015

O Secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, já está com a proposta de reajuste salarial para policiais militares, extensivo também a veteranos e pensionistas, contemplando o biênio 2015/2016. A pedida é 15% de reajuste para este ano, e 15% para o ano que vem. O documento, de autoria da Coordenadoria de Entidades Representativas de Policiais Militares (CERPM), foi entregue ao secretário no final da tarde de hoje, 19 de maio, durante reunião convocada especialmente para este fim.

Ao receber a proposta, o secretário disse que não falaria em percentual de reajuste antes de ouvir a análise das secretarias da Fazenda e do Planejamento. No entanto, prometeu total empenho em todos os aspectos que visem à valorização do policial militar, não apenas na questão salarial. “Não é um favor”, disse. “É minha obrigação, meu dever, valorizar o trabalho daqueles que se arriscam todos os dias para fazer da Polícia Militar do Estado de São Paulo a melhor do país.”

Para o secretário, o documento que recebeu do presidente da CERPM, Sgt PM Ângelo Criscuolo, marca o início dos entendimentos com o governo a respeito da questão salarial. Ele prometeu “esticar” o máximo possível o percentual em negociação, mas lembrou que o Estado de São Paulo sente os reflexos da crise por que passa o Brasil, no plano federal. “A União não nos repassa a verba do fundo nacional de segurança há muito tempo”, afirmou.

Presentes à reunião realizada na sede da AFAM estavam também o Cel PM Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar; o deputado estadual Cel PM Álvaro Batista Camilo; e vários diretores, conselheiros e representantes de entidades de policiais militares. O secretário respondeu a várias perguntas da plateia, posicionando-se sempre a favor dos policiais militares. “Sou um aliado de vocês no governo”, repetiu a frase dita no primeiro encontro com representantes de entidades, na Secretaria da Segurança Pública, na manhã de 27 de janeiro.

Alexandre de Moraes lembrou o comportamento da população nas manifestações de 15 de março, na avenida Paulista, quando a Polícia Militar foi muito elogiada. “A maior parte da população entende e respeita a Polícia Militar”, disse. “E isso precisa ser retribuído; uma das formas é o salário”, frisou, antes de repetir que as conversas com o governador serão iniciadas após a discussão com os técnicos das secretarias da Fazenda e do Planejamento. Não há previsão de prazo.