30 de julho de 2015
O deputado federal Major Sérgio Olímpio Gomes esteve na reunião de hoje (30 de julho) do Fórum de Debates e Reivindicações da AOMESP. Ele conversou longamente com os associados (chamou a conversa de “prestação de contas”) sobre a vida parlamentar em Brasília alertando para as questões de extrema gravidade, em discussão no Congresso, que afetam as polícias militares e os policiais de todo o Brasil. Na Câmara Federal, contou, atuam 20 profissionais de segurança pública, sendo oito oriundos das polícias militares, um batalhão que ganhou o apelido de “bancada da bala”.
Olímpio disse mais de uma vez que os policiais militares precisam se mobilizar para impedir manobras que prejudiquem as polícias e os cidadãos brasileiros. No leque de manobras que citou está a desmilitarização das polícias militares, a proibição de portar arma, os salários dos policiais e a previdência. Sobre a PEC 300, que assumiu como bandeira, disse que o assunto só não vai para segunda votação (já foi aprovada em primeiro turno) porque “nenhum político vai ter a cara de pau de votar contra um piso nacional de Segurança Pública”. Assim, o governo impede que ela vá a Plenário.
Na esteira da PEC 300, o deputado comentou sobre dois problemas que afetam a PM paulista. Um é o reajuste salarial, que deveria ter sido implementado em 1º de março, segundo projeto do próprio governador Geraldo Alckmin, e que até agora não andou. Olímpio criticou o comportamento do governador e do secretário da Segurança Pública, que não passaram do discurso nesta questão. O outro problema grave, que afeta a população de maneira geral, é a falta de policiais militares. “São 7 mil vagas à espera de preenchimento”, disse. “Todo ano a PM perde 2.500 homens por baixa, por morte ou por passagem para a inatividade, e não há reposição.”
Antes de finalizar, o deputado fez um balanço de seu trabalho. Contou que, neste primeiro semestre, apresentou 32 projetos, a maior parte sobre Segurança Pública, e participou de todas as discussões em plenário e fora dele. Olímpio é membro das comissões de Segurança Pública, de Defesa Nacional e de Direitos Humanos. Foi criticado ao entrar para esta última. No entanto, achava sua participação necessária para defender os policiais militares, sempre atacados nesta comissão. “Ninguém mais fala sobre a Polícia Militar sem ouvir a resposta adequada”, garantiu.
No encerramento da reunião, o deputado recebeu uma placa de cumprimentos pela eleição. O mimo foi entregue pelo presidente do Conselho Deliberativo da AOMESP, Ten Cel PM Moacyr Pereira da Costa, que elogiou o convidado relembrando suas participações em reuniões de associações PM ainda no tempo em que estava na Ativa. Depois da reunião, Olímpio visitou todas as dependências da Associação, cumprimentando os funcionários e associados presentes.